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Eu vou até o sim


Vou ficar aqui
para além do fim
Depois que a vida me negar,
a morte dará seu sim

Depois do não
sempre vem outro sim

Na vida
o tempo do sim é curto
o tempo do não,
sem fim.

Depois do não da vida
sempre virá outro sim

Outrossim
já que vim
Eu vou até o sim.

- Madalena Daltro

autora@globomail.com

https://www.facebook.com/madalenadaltro

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Estou pouco me importando...

Pouco importa "Analfabeta que sou Não diferencio poema de poesia Rima de metonímia Rolha de vinho da cortiça de Portugal Mesmo assim, me chama a elegante e fina caneta e papel Transparente e firme Chama a caneta Com essa voz de canto de chuva ao cair no chão molhado, frio e lindo Que notas são? Em vão as notas, vão-se as notas... A voz feminina da caneta convida para uma festa Caneta fina, elegante, de voz firme, confiante O sangue marca o convite A marca da caneta pouco importa, se importa ou falsifica Ah! O convite, o vinho... Foi-se a rolha sem gosto, mais uma rolha, e outra, mais uma taça e outra... Com o gosto da rolha... Da rolha que partiu Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa se o vinho é do pobre ou da burguesa. Que tenha gosto de rolha! Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa a caneta, se de sangue tinto ou de tinta fresca."