Pouco importa
"Analfabeta que sou
Não diferencio poema de poesia
Rima de metonímia
Rolha de vinho
da cortiça de Portugal
Mesmo assim, me chama
a elegante e fina caneta
e papel
Transparente e firme
Chama a caneta
Com essa voz de canto de chuva ao cair no chão
molhado, frio e lindo
Que notas são?
Em vão as notas,
vão-se as notas...
A voz feminina da caneta convida para uma festa
Caneta fina, elegante, de voz firme, confiante
O sangue marca o convite
A marca da caneta pouco importa,
se importa ou falsifica
Ah!
O convite, o vinho...
Foi-se a rolha sem gosto, mais uma rolha, e outra, mais uma taça e outra...
Com o gosto da rolha... Da rolha que partiu
Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa se o vinho é do pobre ou da burguesa.
Que tenha gosto de rolha!
Se a rolha é da cortiça portuguesa,
pouco importa a caneta,
se de sangue tinto
ou de tinta fresca."
"Analfabeta que sou
Não diferencio poema de poesia
Rima de metonímia
Rolha de vinho
da cortiça de Portugal
Mesmo assim, me chama
a elegante e fina caneta
e papel
Transparente e firme
Chama a caneta
Com essa voz de canto de chuva ao cair no chão
molhado, frio e lindo
Que notas são?
Em vão as notas,
vão-se as notas...
A voz feminina da caneta convida para uma festa
Caneta fina, elegante, de voz firme, confiante
O sangue marca o convite
A marca da caneta pouco importa,
se importa ou falsifica
Ah!
O convite, o vinho...
Foi-se a rolha sem gosto, mais uma rolha, e outra, mais uma taça e outra...
Com o gosto da rolha... Da rolha que partiu
Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa se o vinho é do pobre ou da burguesa.
Que tenha gosto de rolha!
Se a rolha é da cortiça portuguesa,
pouco importa a caneta,
se de sangue tinto
ou de tinta fresca."
Gostei do jogo de palavras.
ResponderExcluirAbraço!
Obrigada!
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