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Quem é peão nunca perde a dignidade...

"Examinando a minha miséria
Sinto a minha ingratidão
Vasculhando a ingratidão
vejo que a fome alheia
impede-me de ser feliz.
Então, não mais me vejo miserável
ou ingrata...

Vejo-me impotente,
mas quem é peão,
nunca perde a dignidade.
Estendo a mão a mão que me apunhala
Aceno a mão a mão que me açoita
Beijo a mão que está próxima a boca
a estrangular-me."

- Madalena Daltro

Comentários

  1. Poesia Chick lit.

    Belo poema de Madalena Daltro...tem que ter muito desprendimento,concorda?

    Abração carioca

    ResponderExcluir
  2. Nosso blog, HUMOR EM TEXTOS , está com nova postagem.

    Quer conferir?

    Um abração carioca.

    ResponderExcluir
  3. POESIA CHICK LIT

    quer saber o que o filósofo Platão pensava o que era o ser humano?

    Vai ficar surpreso, la no nosso blogue FRAGMENTOS AO ACASO.

    Um abração carioca do PAULO TAMBURRO

    ResponderExcluir

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Eu vou até o sim

Vou ficar aqui para além do fim Depois que a vida me negar, a morte dará seu sim Depois do não sempre vem outro sim Na vida o tempo do sim é curto o tempo do não, sem fim. Depois do não da vida sempre virá outro sim Outrossim já que vim Eu vou até o sim. - Madalena Daltro autora@globomail.com https://www.facebook.com/madalenadaltro

Estou pouco me importando...

Pouco importa "Analfabeta que sou Não diferencio poema de poesia Rima de metonímia Rolha de vinho da cortiça de Portugal Mesmo assim, me chama a elegante e fina caneta e papel Transparente e firme Chama a caneta Com essa voz de canto de chuva ao cair no chão molhado, frio e lindo Que notas são? Em vão as notas, vão-se as notas... A voz feminina da caneta convida para uma festa Caneta fina, elegante, de voz firme, confiante O sangue marca o convite A marca da caneta pouco importa, se importa ou falsifica Ah! O convite, o vinho... Foi-se a rolha sem gosto, mais uma rolha, e outra, mais uma taça e outra... Com o gosto da rolha... Da rolha que partiu Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa se o vinho é do pobre ou da burguesa. Que tenha gosto de rolha! Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa a caneta, se de sangue tinto ou de tinta fresca."