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Mostrando postagens de julho, 2014

Monólogo poético

Na porta da capela Numa rua de pedra Em Paracatu Ela acendia uma vela E entregava seu coração duro Em troca de um coração de carne Cheio de virtudes, amor e mansidão. E eu? Eu de tanto ver meu coração sangrar Esfaqueado pelo desprezo, Cravado de balas metralhadas pelos olhares mesquinhos queria dela, com toda ânsia e desejo da minha alma aquele coração de pedra. Um coração de pedra era tudo o que eu queria e precisava para sobreviver, para não falecer em hemorragia. Mas não tinha a tal vela, para fazer o pedido. Meu coração ingênuo sempre andava desprevenido Nunca tinha velas, nem barcos, ou ancoradouros Andava descalço, exposto às ventanias e às flechadas dos cupidos. Sua carne dilacerada sobrevivia sangrando, Minando artéria, alma e ventrículos. Queria propor uma troca. Mas como trocar com ela, se nem olhava pra mim? Nem imaginava que invejava nela Aquele coração impávido, de pedra polida Sem pontas, sangue ou cicatrizes. Nada! Apenas mineral, que ela q

Versos

"Verso versátil que versa o avesso do eu perverso, em verbo pervertido pelos versos do universo que habito, ao avesso dos seus versos certos." Madalena Daltro.