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Mostrando postagens de 2013

O acaso, a pessoa controladora e um Feliz Natal!

Na semana do natal, eu comprei a última passagem. Esperava o ônibus para São Paulo na plataforma 11 da rodoviária de Brasília. Não preciso dizer como ficam as rodoviárias na semana de natal, não é? Pois bem, me posicionei na frente da plataforma. No horário marcado, parou um ônibus de outra companhia bem na minha frente, com o horário escrito no vidro dianteiro diferente em 15 minutos, chovia, e muitos ônibus estavam atrasados. Certa de que não era o meu ônibus nem perguntei nada, já tinha confirmado que o meu estava atrasado, apenas observei ele partindo... com uma sensação estranha... Pensei: nossa! Ele está indo para São Paulo, com uma diferença de 15 minutos, deve ter muita gente indo para São Paulo para ter um ônibus saindo com 15 minutos de intervalo, pensei ainda, não sabia que essa companhia tinha linha pra lá... Mas continuei conversando. Eu não tenho culpa de conversar com as pessoas, elas falam português como eu, e nunca vou saber quando vou reencontrá-las, eu acho o má

Lagoa Rodrigo de Freitas

Foto fonte: http://www.respostassustentaveis.com.br/blog/na-lagoa-rodrigo-de-freitas-a-mare-esta-para-peixe-e-para-grandes-transformacoes/ Nasci na Lagoa, bairro nobre carioca, mas não se iluda, nasci em maternidade pública... Quando éramos adolescentes, um amigo, em homenagem às minhas longas pernas, às vezes me chamava de garça ... Isso, e muito mais, me faz amar esse poema de Gullar... Na Lagoa "A cidade debruçada sobre seus afazeres surda de rock não sabe ainda que a garça voltou. Faz pouco, longe daqui entre aves lacustres a notícia correu: a Lagoa Rodrigo de Freitas está assim de tainhas! - oba, vamos lá dar o ar de nossa graça, disse a garça e veio: desceu do céu azul sobre uma pedra do Aterro a branca filha das lagoas e está lá agora real e implausível como o poema que o Gullar não consegue escrever." Ferreira Gullar

Estou pouco me importando...

Pouco importa "Analfabeta que sou Não diferencio poema de poesia Rima de metonímia Rolha de vinho da cortiça de Portugal Mesmo assim, me chama a elegante e fina caneta e papel Transparente e firme Chama a caneta Com essa voz de canto de chuva ao cair no chão molhado, frio e lindo Que notas são? Em vão as notas, vão-se as notas... A voz feminina da caneta convida para uma festa Caneta fina, elegante, de voz firme, confiante O sangue marca o convite A marca da caneta pouco importa, se importa ou falsifica Ah! O convite, o vinho... Foi-se a rolha sem gosto, mais uma rolha, e outra, mais uma taça e outra... Com o gosto da rolha... Da rolha que partiu Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa se o vinho é do pobre ou da burguesa. Que tenha gosto de rolha! Se a rolha é da cortiça portuguesa, pouco importa a caneta, se de sangue tinto ou de tinta fresca."

Sobre a felicidade

"Na ânsia de se isentarem de suas responsabilidades sociais, alguns indivíduos afirmam categoricamente que a felicidade depende só de mim, depois, acusam-me de individualista. Quando sorrio enquanto o outro morre de fome, sou egoísta e insensível. A hipocrisia nunca doou sorriso nem ao menos ninharia. Eu tenho a consciência tranquila quanto a isso. A felicidade depende de mim, do outro, dos fenômenos da natureza e de alguns outros adereços. Tudo mais é alegria, e eu sou alegre, porque decido se vou sucumbir ou superar." Madalena Daltro.

Sentimento de coisa

Sabe quando a gente é ex alguma coisa? A gente já se deslumbrou, investigou, se encantou, conviveu, absorveu essa coisa, que por fim, nem era grande coisa. Daí a gente vê no presente alguém se encantando e morrendo por essa coisa, então... Isso desperta um sentimento que eu não sei o nome. E a gente nem pode falar nada porque a pessoa está deslumbrada pela coisa em questão. E corre-se o risco da pessoa te olhar com ar de superioridade, porque o deslumbramento faz isso, e a gente se cala. O que é essa coisa? Essa coisa pode ser carro, moto, bairro, ideologia política, religião, gente... E a gente se cala em respeito a escolha da pessoa, mas fica com esse inominável sentimento. O sentimento de coisa. Que coisa!

Metáfora

Metáfora Gilberto Gil "Uma lata existe para conter algo Mas quando o poeta diz: "Lata" Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo Mas quando o poeta diz: "Meta" Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso, não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudo nada cabe Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta, não discuta Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora"

Viva a vida!!!

Apatia - Livro Poesia Chick Lit 1 "Recuso-me a passar uma vida no marasmo da apatia no conforto da inércia na física estática de um livro na estante empoeirado... Apatia que inibe as glândulas de produzirem os hormônios mais vitais Letargia que força um ciclo lento de inércia e apatia apatia e inércia que embaça a vista e faz ver o mundo colorido embaçado, preto e branco..."

Matéria: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1207526-concorrencia-inflaciona-aluguel-de-espacos-em-livrarias-e-reduz-variedade-dos-destaques.shtml

Sabe a foto do meu livro na vitrine da livraria? A que eu postei ontem? Então... Hoje eu estava relendo essa matéria (de 2012) para renovar a minha teimosia, acho que viciei na adrenalina da expectativa, será que vou ouvir um não, um sim, serei apedrejada, ou ignorada? Quanto mais difícil, mais sedutor. Não tenho padrinho editor, não tenho empresário, nem patrocinador, não tenho fama, nem dinheiro, e das centenas de amigos.... apenas uns 50, aproximadamente, compraram o meu primeiro livro. Pense você, que para eu comprar 1 par de tênis de corrida, para a minha pisada, eu teria que vender 70 livros. O autor fazer seu nome? Hum... Vai nessa! Vale a lei do real e do marketing. Fora isso, a lei da teimosia. E pensar que tem editora pagando mais de R$5.000,00, (CINCO MIL reais) para um espaço na vitrine, destinado aos seus R E N O M A D O S e C O N S A G R A D O S autores. Ahã, sei!... Eles são renomados porque foram patrocinados ou são patrocinados porque eram renomados? Tal

Foto

Escrever no Brasil é um ato de resistência, e ler é revolucionário! Como se não bastasse o meu singelo livro estar na vitrine da Cia do Livro - Vassouras, ele está pertinho do Vinicius de Moraes.

Dar é o melhor negócio!

Tem gente que só quer a parte do "venha a nós" ao "vosso reino" nada. Perde tempo quem espera ter abertura, ou mesmo uma perspectiva de reciprocidade para poder dar alguma coisa, um sorriso que seja. Mas uma pessoa apaixonada pela vida dá bom dia pra lua, dá boa noite a quem anda na rua, canta e encanta; dá, dá, dá e é feliz. Dar alguma coisa, é questão de atitude, de desprendimento. Dê ao mundo o que o mundo não tem, isso é fazer a 'minha parte',não espere nada em troca, é puro desgaste. Eu sei que o ato de dar às vezes é desencorajado em uma sociedade que sofre de transtorno compulsivo por acumulação. Nela você é, o que você aparenta ter. Talvez isso explique o tom pejorativo dirigido às pessoas que dão o que tem custo zero... Dizem as más línguas: - fulano(a) é muito dado(a)... Ih! Ser "dado" guarda em si tantos defeitos que o sujeito fica isolado como se tivesse uma doença contagiosíssima. Sabe aquela fulana que é dada demais?

Amor

Trouxe alguns versos do poema Amor (do livro Poesia Chick Lit 1), escrito sob a inspiração do verso "Eu sou poeta e não aprendi a amar" "Têm mulheres com muito amor mas eu sempre dou um: - que se dane! Nunca consegui ser flor nem Heloísa de Notre-Dame."

Crônica à la Dª. Evani

Crônica à la Dª. Evani “Zero Hora — E onde a senhora está?¹ Evani — Estou na BR-101. Graças a Deus estou bem, sou eu que dirijo. Mas não sei qual é a cidade. É um restaurante onde os ônibus param, perto de Garopaba. Vou tomar alguma coisa e dar uma descansada.” A Dª Evani é daquelas mulheres de atitude invejável e muito bem antenada, mas você pode dizer: - ela não sabe a cidade em que está! Ora, isso não é problema dela. De norte a sul desse Brasil, passamos por muitos lugares onde, não vemos placas, nem mesmo um bendito cartaz, ou bilhete que seja; colado num poste de madeira indicando a cidade, e se for um povoado então, esquece. Quando fui conhecer a Cidade de Goiás (Goiás Velho) aventurei-me pela rodovia Belém-Brasília sentido Belém, na margem direita apenas árvores, na margem esquerda árvores apenas, e raramente conseguia ver a placa que marcava o km da rodovia, por isso pensava; devo ter passado da entrada. Assim, quando avistava uma subida, lá a perder de vista, imaginava

O que me segura é invisível a olho nu

Na vida ninguém me segurou Nem mãe, nem amor Nem homem, nem mulher Nem trabalho, nem dinheiro. Filhos talvez, mas nem eu mesma me seguro, porque quando não quero, me forço a fazer até o que não espero Mas uma bactéria, ah! Essa me agarra, me sufoca a boca, me dobra, humilha, deprime e me faz ensaiar a rendição para a morte. Essa sim, irá me segurar o corpo, mas não as minhas palavras, o que me segura é invisível a olho nu.

Tristeza

Tristeza, venha alegrar meu dia inspirar minha poesia, esgotar minha energia, me fazer dormir na madrugada fria. Tristeza fiel a mim, vem temporária como vendaval, sei que vai embora levando o mal deixando a alegria me ocupar de volta Tristeza, venha me deixar quietinha, no canto esquecida, renovando a pele, pele morta, suja de energia ruim. Não tenho medo de ti! Estou viva! Então vem tristeza! Banhe-se nas minhas lágrimas lave-me, leve-me e deixa-me, como aquele que ontem me amou e sumiu.

Releitura do poema "Sou como o mato que cresce"

E se o abandono vem implacável, preciso me lembrar que sou como aquele matinho que cresce nas fissuras das pedras, pode arrancar-me, queimar-me, pisotear-me, mas eu broto de novo, sem adubo e sem ninguém regar, sem regalias, sem sombra. Sou mato, não mato, não mordo e não tenho espinhos, apenas broto...Seco, morro e broto, nasci mato e como mato hei de brotar de novo, e mais uma vez, e outra...

In tei ro - do livro Poesia Chick Lit

Não quero um fragmento Ou uma citação que cause impacto Quero um poema inteiro Mesmo que seja ácido Não quero uma esmola Quero o nada que dá impulso O nada que move a força A força que move tudo Não quero uma cópia Quero o original Quero uma trova Mas que não haja igual Não quero ser mesquinha Conformada com quase tudo Sacuda meu corpo com a simplicidade Mas que seja inteiro Então, dê-me uma música! Quero a intensidade O suspiro profundo Sair desse mundo Quero uma palavra Não abreviada Que seja inteira Distinta ou camuflada Que me faça rir Que me surpreenda Que me faça refletir Que me compreenda Que me faça amante Que me encante Que seja inteiro!

"Vou navegando em busca da felicidade..." O samba dos sambas

Peguei um Ita no norte - Salgueiro 1993 "Lá vou eu... Me levo pelo mar da sedução (sedução) Sou mais um aventureiro Rumo ao Rio de Janeiro Adeus, Belém do Pará Um dia volto, meu pai Não chores pois vou sorrir Felicidade o velho Ita vai partir Oi no balanço das ondas... Eu vou No mar eu jogo a saudade... amor (bis) O tempo traz esperança e ansiedade Vou navegando em busca da felicidade Em cada porto que passo Eu vejo e retrato, em fantasias Cultura, folclore e hábitos Com isso refaço minha alegria Chego ao Rio de Janeiro Terra do samba, da mulata e futebol Vou vivendo o dia-a-dia Embalado na magia Do seu carnaval Explode coração Na maior felicidade (bis) É lindo o meu Salgueiro Contagiando, sacudindo essa cidade"

Diz

Diz, diz, diiiz... Repete, repete, repeete... Amo, amo, amoo... Tanto tempo sem ouvir, por isso, peço para repetir, peça para repetir o que você quer ouvir, e grave no eco da eternidade...

Você é importante!

Tenha certeza que você é importante pra alguém... Alguém que te espera sem que você saiba, que te monitora na rede sem você saber, não curte nada seu em público para não dar o braço a torcer... Tem alguém que te espreita pra sentir o seu perfume... Alguém que observa seu jeitinho de andar, de sorrir e de falar... Alguém que te admira com desdém, por não ter sua companhia... Alguém com uma timidez implacável que impede de demonstrar que te admira... Alguém que se inspira em você para continuar vivendo, mesmo sem você saber... De longe ou de perto, você é importante para alguém, é a lei do universo, tão certo quanto o amanhecer...

Se preciso for

Se preciso for, eu dobro o amor, o enfio no bolso e vou embora a pé... Se preciso for, eu me beijo, me olho no espelho e me amo na escuridão... Se preciso for, eu não amo, namoro meu sonho e de mim mesma transbordo... Se preciso for, vou com cuidado, cautelosa, mas vou, piso na brasa, enfrento o fogo do amor e da dor... Se preciso for, me alongo nos instantes do tempo ou desapareço de vez... Se preciso for, eu vou ou fico... Apenas se for preciso, porque o impreciso, ah! Esse me irrita.

Inquietação

Às vezes a minha inquietação é tão intensa que me deixa paralisada. Então escrevo e penso: por que escrevo? E Leminski me responde. Razão de ser "Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece. E as estrelas lá no céu Lembram letras no papel Quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?" Paulo Leminski

Recomeço

Vou retomar esse blog! ;-) É hora de recomeçar! "Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça." Cora Coralina